O lema do time da minha escola era: “Saber competir já é
vencer”.
De acordo com o professor Ubiracy Arthur Costa o esporte era
parte fundamental do aprendizado. Não só do aprendizado para provas e testes
escolares, mas para a própria vida. Sem sermos negativos, cabia-nos estar cientes
da possibilidade de derrota. E saber bem agir, tanto na vitória quanto na
derrota.
Nunca, jamais abandonei esse lema. Procuro preparar-me com
toda seriedade para os embates cotidianos, busco agir com denodo e tranquilidade
em cada novo combate. Mas, apesar de todo meu empenho, não esqueço que, em
qualquer competição, haverá vitoriosos e perdedores. Perder, portanto, apesar
de tudo, é uma possibilidade bastante concreta.
Há os que não aceitam perder de nenhuma maneira. Para essas
pessoas, o efeito pode ser desastroso. E, muitas vezes, pode ter consequências
terríveis. Uma competição não se circunscreve ao tempo e espaço da
partida, mas inclui um sem número de ações e relações que podem ser gloriosas,
mesmo que se perca a partida. Ao vencedor os louros, ao perdedor, a oportunidade
de avaliar todo o seu desempenho.
É preciso, assim, continuar apesar da derrota. E não esquecê-la,
mas investigá-la. E que esse exame possa nos ajudar a evitá-la em outras
situações semelhantes.