domingo, 20 de junho de 2010

PRINCEZINHA, NOVAMENTE COMIGO!

Finalmente, encontrei algumas das revistas que estava procurando. Princesinhas e Contos de Fadas. Restam poucas, mas já é alguma coisa. Encontrei-as no MERCADO LIVRE, onde comprei uma para poder ter em mãos, novamente, um daqueles gibis que me trouxeram tantas alegrias na minha infância.

Não são baratas. Escolhi o nº 10 da Princesinha, de março de 1957, editada pela Ebal. Essa só traz uma história, a de "João e o pé de feijão". História bastante conhecida de todas as crianças, mas não me importava tanto a história, mas o veículo, a mídia, o objeto do desejo, exatamente igual ao que passou por minhas mãos há dezenas de anos, quando eu só tinha 11 anos.



Comprei e esperei. Finalmente, o correio chegou com a tão esperada encomenda. Não posso negar a emoção que senti ao ter em minhas mãos aquela revista. Abri cada página lentamente, curtindo cada quadrinho, que fui reconhecendo, com seu desenho característico, como se voltasse no tempo. Mágico!!! Depois, na contra-capa a grande surpresa: aquela bonequinha de papel, com roupas para serem recortadas e vestir a boneca. Lembrei nitidamente dessa, em especial, com a qual muito brinquei.

Naquela época eu não tinha boneca e era com bonecas como essa, de papel, que brincava demoradamente. Gostava de ficar num canto, sozinha, trocando-lhes as roupas e conversando com elas sobre o que fariam, como seriam nossas vidas, etc...

Essa, que veio na revista nº 10 era uma das minhas queridinhas. Trazia um lindo vestido branco com flores rosas bordadas, que eu achava a coisa mais linda. Tinha também uma saia de que, me lembro, gostava muito, vermelha e verde, rodada. Lembro muito bem do chapéu, com uma flor... A boneca tinha uma carinha meio tristonha, mas para mim, era linda... e os sapatinhos, vermelhos?

Pode parecer besteira, mas essa pequena revista foi capaz de trazer de volta, lá dos confins do tempo, sentimentos que vivi nquela época, emoções que eram só minhas e que estavam perdidas, escondidas, num canto escuro qualquer. Lembrança de momentos doces e felizes, de expectativas para o futuro. Um reconhecimento de uma corrente de energia que circulava dentro de mim, há muito, muito tempo...


É por isso que, quanto mais o tempo passa, mas me libero para buscar qualquer coisa que faça ou tenha feito parte dos meus desejos. Sem medo das censuras, das críticas, de quem quer que seja. Há coisas muito boas com o passar dos anos. Mandamos as inibições para o inferno. Não esperamos julgamentos favoráveis e de aprovação de ninguém. Fazemos o que julgamos correto, tranquilamente. Não temos medo do ridículo. Só queremos ser felizes.